Para refletir...

“Não adianta me darem uma peça como Hamlet ou O Rei Lear e me mandarem escrever algo semelhante. Shakespeare era capaz, eu não. Também não adianta me mostrarem uma vida como a de Jesus e me mandarem viver de igual modo. Jesus era capaz, eu não. Porém, se o gênio de Shakespeare pudesse entrar e viver em mim, então eu seria capaz de escrever peças como as dele. E se o Espírito Santo puder entrar e habitar em mim, então eu serei capaz de viver uma vida como a de Jesus". (William Temple)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O altar “ao deus desconhecido” – Paulo conhecia a história de Epimênides! (Atos 17)

             Epimênides nasceu em Cnossos, na ilha de Creta, em meados dos anos 600 a.C. Diz-se que esteve em Atenas no tempo de Sólon, onde os achados históricos lhe atribui ter limpado a cidade de uma praga que a assolava. Epimênides foi, portanto, um herói cretense que atendeu ao pedido de Atenas feito por Nícias para que aconselhasse a cidade sobre como se livrar de uma praga. Epimênides ofereceu sacrifícios baseado em três suposições. Assim ele afirmou: a) Minha primeira suposição é que existe ainda outro deus interessado na questão desta praga – um deus cujo nome não conhecemos e que não está, portanto, sendo representado por qualquer ídolo em sua cidade; b) Segundo, vou supor também que esse deus é bastante poderoso e suficientemente bondoso para fazer alguma coisa a respeito da praga, se apenas pedirmos a sua ajuda; c) A terceira suposição é muito simples. Qualquer deus suficientemente grande e bondoso para fazer algo a respeito da praga é também poderoso e misericordioso para nos favorecer em nossa ignorância – se a reconhecermos e o invocarmos. Assim, ao chegar a Atenas, Epimênides conseguiu um rebanho de ovelhas pretas e brancas e soltou-as na Colina de Marte, dando instruções para que alguns homens seguissem as ovelhas e marcassem o lugar onde qualquer uma delas se deitasse. O propósito dele era dar a qualquer deus eventualmente ligado à questão da praga, uma oportunidade de revelar sua disposição em ajudar. Epimenides provavelmente conduziu essa experiencia de manhã bem cedo, quando as ovelhas estavam famintas, o que tornaria logicamente impossível alguma se deitar diante de um campo verdinho para comer. No entanto, algumas das ovelhas deitaram e os atenienses as ofereceram em sacrifício sobre os altares sem nome, construídos especialmente com esse propósito. A praga foi assim removida da cidade.
            A Bíblia afirma em Atos 17:16 que enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade. Quando Paulo viu em Atenas o privilégio da adoração ser reduzido ao culto de meros ídolos de madeira e pedra, o horror tomou conta dele. Paulo, no entanto, havia “passado e observado” (Atos 17:23) e descobriu algo “no” sistema que não fazia parte “do” sistema – um altar que não estava associado a qualquer ídolo! Um altar com uma curiosa inscrição: “Ao deus desconhecido”. Paulo percebeu uma brecha na comunicação que provavelmente abriria as mentes e os corações daqueles filósofos estóicos e epicureus. Paulo, então, pronunciou: “Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio” (Atos 17:22-23). A idolatria, por sua própria natureza, carrega em si um “fator inflacionário embutido”. Uma vez que os homens rejeitem o Deus único, onisciente, onipotente e onipresente, preferindo divindades menores, eles finalmente descobrem – para sua frustração – que um número infindável de divindades inferiores é necessário para preencher o espaço deixado pelo Deus verdadeiro!
            Paulo compreendia o pano-de-fundo histórico do altar ao “deus desconhecido” de Epimênides. Isso fica claro porque Epimênides, além de ter habilidade para lançar luz sobre problemas obscuros das relações entre o homem e Deus, era também um poeta e Paulo citou a poesia de Epimênides! Essa poesia está registrada em Tito 1:12-13, quando Paulo, ao deixar Tito para fortalecer as igrejas na ilha de Creta, escreveu: “Foi mesmo dentre eles, um seu profeta que disse: Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos. Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente para que sejam sadios na fé”. As palavras citadas por Paulo são de um poema atribuído a Epimênides. Paulo chamou Epimênides de “profeta”. O termo grego é propheetees, o mesmo usado geralmente pelo apóstolo para os profetas tanto do Antigo como do Novo Testamento. Paulo não teria honrado Epimênides com o título de profeta se não conhecesse o caráter e as obras do mesmo.
(Baseado no livro "Fator Melquisedeque", de Don Richardson)

10 comentários:

  1. Gostei muito de tudo aqui...do blog, do texto, do perfil, parabens!

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  2. Já tinha ouvido falar de Epimênides, e gostei muito de ver que exitem relatos da Bíblia ao longo da história. Gostei muito do seu estudo, parabéns.

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  3. Já tinha ouvido falar de Epimênides, e gostei muito de ver que exitem relatos da Bíblia ao longo da história. Gostei muito do seu estudo, parabéns.

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  4. Já tinha ouvido falar de Epimênides, e gostei muito de ver que exitem relatos da Bíblia ao longo da história. Gostei muito do seu estudo, parabéns.

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  5. Muito esclarecedora sua explicação . Parabéns!

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  6. Achei MUITO interessante este conteúdo histórico muito nos acrescenta o conhecimento sobre a palavra de DEUS. GLÓRIAS A DEUS 😄👍✌

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  7. Achei MUITO interessante este conteúdo histórico muito nos acrescenta o conhecimento sobre a palavra de DEUS. GLÓRIAS A DEUS 😄👍✌

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  9. Amei e entender que o testo sagrado é como uma fonte que jorra aguas novas a cada momento em que buscamos a na fonte da palavra de Deus. Aprendir mais sobre ele

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  10. Muito nutritivo espiritualmente falando, muito bom; que Deus nos abençoe!

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